terça-feira, abril 19, 2011

A essência do futebol (pelos olhos da UEFA)



Dizem as regras que, no futebol, quando um jogador atinge um certo número de cartões amarelos ao longo de vários jogos, ficará suspenso no jogo seguinte. Por exemplo, um defesa que apanhe o 10º cartão amarelo à 20ª jornada, não poderá jogar no jogo da 21ª jornada. A mesma lógica é aplicada em competições a eliminar (taças).


Para um jogador que está em risco de suspensão (falta-lhe um cartão amarelo), avizinhando-se um jogo mais acessível na jornada/eliminatória que se segue, é-lhe preferível ficar de fora nesse jogo dito “fácil”, forçando um cartão amarelo no jogo imediatamente antes desse.

 

As instituições que regem o futebol criaram esta regra. Assim que foi criada, encontrou-se esta forma legal de a contornar. Todavia, embora perfeitamente legal, essas mesmas instituições começaram agora a investigar se estes jogadores (em risco de suspensão) forçam ou não os cartões amarelos, naquilo que se pode chamar “A avaliação mais estúpida e subjectiva que há no futebol”. Caso se prove… quero dizer, não se consegue realmente provar nada, mas vá!, caso se DESCONFIE que de facto forçou-se o cartão, então o jogador em causa (e por vezes também o treinador) incorrem numa sanção adicional.

Imaginem que um jogador em risco de suspensão não concorda (genuinamente) com uma decisão do árbitro. Reclama, leva cartão amarelo, e fica suspenso para o próximo jogo. Ou porque mete a mão à bola. Ou porque tira a camisola a seguir a um golo. Ou porque entra em campo sem ter autorização do 4º árbitro. Vai haver uma comissão que irá decidir se o jogador forçou ou não esse cartão amarelo e, caso decidam que sim, leva com mais uns jogos de suspensão.

Qual é a única coisa positiva nisto tudo? O aumento da violência.

Qualquer jogador em risco de suspensão que queira “limpar os cartões” no próximo jogo, vê-se agora forçado a agir de uma única maneira para não levantar suspeitas nem ser suspenso por mais jogos: arrear forte e feio no adversário.

Desta forma acabam-se todas as dúvidas! Bem pensado, UEFA!

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