quarta-feira, dezembro 23, 2009

O fim do Mundo - versão de Natal

O que vi hoje nunca tinha visto antes. Pelo menos in loco.

As zonas de Torres Vedras e Alenquer foram as mais afectadas, no país, pelo temporal que se abateu no nosso território.

Antes de chegar às portagens de Alverca, um sinal luminoso da Brisa avisava: Estação de Serviço de Aveiras sem combustível. Achei estranho, mas enfim...

Continuei até à saída para o Carregado, que tinha fila parada na A1. Demorei 50 minutos a fazer um pequeno trajecto (até às portagens) que me leva 1 minuto normalmente. O motivo tinha sido um acidente entre 2 carros na N3 que levou ao derrube de um poste de alta-tensão.

O que depois se seguiu foi algo de surpreendente. Na N1 vi centenas de árvores partidas, outras arrancadas pela raiz, muitas tombadas na estrada (o que levou a mais paragens no trânsito de si já difícil) e muitas outras tombadas sobre carros e até casas/estabelecimentos comerciais.

O meu espanto foi ainda maior, quando na parte em que a N1 passa perto da base militar na Ota, um grande efectivo do Exército Português andava no meio da estrada a controlar as operações de trânsito. Por momentos pensei que estávamos em estado de sítio, ou tínhamos sido invadidos por espanhóis.

E o cenário continuou até o destino (da minha viagem). Carros e casas completamente destruídos, postes de electricidade partidos e/ou tombados na estrada, edifícios com paredes rachadas e janelas partidas, outros alagados, uma barraquinha de paragem de autocarro no meio da estrada, telhas e vidros de janelas em sítios inesperados, dezenas de placas arrancadas, ... Desolador.

A situação nesta zona agrava-se com o facto de não haver electricidade, das linhas telefónicas estarem cortadas (os telemóveis também não apanham rede), e nem as frequências radiofónicas habituais se fazem ouvir.

Belo Natal, hein?

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