sexta-feira, abril 27, 2007

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Debate Democrata

O 1º Debate dos Candidatos do Partido Democrata à Presidência da República dos Estados Unidos da América ocorreu há momentos.

No palco estiveram 8 candidatos, desde o (já famoso) Barack Obama, à Hillary Clinton, ao ex-futuro-vice-presidente John Edwards, entre outros não tão famosos.

Cada um deles tinha 60 segundos para responder a cada pergunta, mas é certo e sabido que os políticos não usam o mesmo Padrão Internacional de Tempo que o resto da Humanidade, e isso levou a respostas de 80 segundos, sendo que raramente diziam algo relacionado com a pergunta.

Com tamanha vontade em colocar numa só resposta todas as ideias de campanha que o/a transformam no/a melhor candidato/a, há pouco espaço para a espontaneidade. E nisso o vencedor da noite foi Joe Biden, conhecido pelo seu sentido de humor e falta de "papas na língua".



O tema daquela ronda de perguntas era «Assuntos Incómodos» ("There's an elephant in the room"). À pergunta: "O começo da sua campanha foi marcado por declarações polémicas sobre os outros candidatos. O senhor é conhecido por dizer o que pensa, nas constantes declarações que faz, e isso já o colocou em situações difíceis, sendo mesmo rotulado como «Uma Máquina de Gaffes Ambulante». Crê que se se tornar Presidente, vai conseguir falar de uma forma mais responsável em nome dos Estados Unidos da América «lá fora», e controlar melhor essa sua faceta?"

(Mais uma resposta de minuto e meio, pensei eu)

"Sim", respondeu Biden.


O apresentador ficou à espera dos outros 59 segundos para completar a resposta, mas ele tinha dito já tudo, e o público começou-se a rir do seu inesperado laconismo.

Quanto ao debate, foi morno e muito centralizado em torno do tema "Iraque". Os principais candidatos não se conseguiram demarcar uns dos outros, e até foi decepcionante ver tamanha qualidade argumentativa (que é o que mais me atrai nestas campanhas) posta "numa gaveta".

A 15 de Maio, vem o debate Republicano. E aí quero ver quem é o primeiro a atirar a "pedra no charco", rasgar o "cartão de sócio", e dizer que o Presidente fez (está a fazer) asneira no Iraque. As sondagens mostram que é o assunto que mais interessa aos eleitores, e que decidiu o resultado nas últimas eleições para a Casa dos Representantes e Senado. Dizer mal do Bush neste tema é um "crowd pleaser", mas quem terá descaramento para o fazer?

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