Acerto de contas!

Olá caros leitores. Bem-vindos ao começo de um novo ano na vida deste blog.

Bem sei que ando desaparecido do mundo bloguístico nos últimos tempos. Pensarão vocês que ando entretido com outras coisas, ou que ando desinspirado (para aqueles que se iludem a pensar que às vezes tenho piada), ou mesmo que morri (espero não ter desiludido ninguém com esta última). E porque razão resolvo eu publicar um post no mesmo dia em que o Benfica deveria ser a única coisa na minha mente? Para ser sincero, a minha vida recente é, no mínimo, mais preenchida que um jogo de futebol.

Há uns tempos coloquei um post intitulado "Um mal nunca vem só...". Coloquei uma fotografia de um telemóvel, e não escrevi mais nada. O resto da história vem já a seguir...

No dia 22 de Fevereiro de 2006 (aproximadamente 1 mês depois de ter chegado à Holanda), o meu telemóvel deu o berro, e com ele todos os SMSs guardados, todas as informações que tinha sobre os meus contactos (nomeadamente telefones, e-mails, moradas, datas de aniversário...), fotos, vídeos, toques multiultrapolifónicos, etc etc. Aparentemente, o problema é o software, e o preço mínimo para ser arranjado (mesmo perdendo toda a informação) anda à volta dos 150 euros. Tomando isso em consideração, declarei o meu telemóvel "oficialmente morto".

Durante uns tempos andei à toa, desconectado do Mundo, mas cedo me comecei a lembrar dos bons velhos tempos em que não era um grande fã destes aparelhos. Apesar de já ter arranjado outro, é impossível lembrar-me de todas as informações relativas aos meus contactos. No entanto, no que diz respeito às datas de aniversário, não me preciso de preocupar, porque finalmente achei uma utilidade no hi5!

E assim andava eu, um tipo relaxado, 2 dias sem telemóvel e sem problemas de relevo, quando isto aconteceu.

Como vocês estão todos a muitos quilómetros de distância, e não poderão confirmar a história que levou a que esta situação ocorresse, vou invent... revelar a história tal como aconteceu: uma senhora perdeu os 2 filhos num poço (um deles era ceguinho, coitadinho), e ninguém se atrevia a descer naquele antro de escuridão; prontamente me ofereci para tal tarefa, saltando para o fundo do poço (com cuidado, para não esmagar a cabeça ou restantes membros das crianças) e usando apenas a força dos meus braços para voltar à superfície com os querubins. Torcer o tornozelo foi uma baixa aceitável.

E durante uma semana e meia andei de muletas, e umas ligaduras a envolver o meu pé-abatatado. No hospital, após 4 radiografias (das quais não tive acesso, porque por estas bandas o paciente não vê os resultados, nem os leva para casa), diagnosticaram-me uma entorse e disseram para remover as ligaduras 5 dias depois. Contra todas as expectativas, apesar de parecer que o meu tornozelo estava de 9 meses, eles deduziram que eu não tinha dores, e acharam desnecessário receitar analgésicos (é como "na tropa"!!). Cinco dias depois, o tornozelo ainda estava de esperanças, e as dores eram proporcionais. Mas aguentei-me até segunda-feira, onde voltei ao hospital e decidiram que afinal tinha partido qualquer coisa... e que precisava de usar isto nas próximas semanas (se acham discutível a cor das ligaduras, eu concordo convosco... mas a outra opção era castanho, e além disso tenho que suportar o meu clube!).

Agora, algumas dicas relativamente a esta situação em que me encontro:

• mantenha a perna levantada
• não apoie o pé no chão
• não tente tirar água dos ouvidos no chuveiro

A história melhora se vos disser que vivo num segundo andar, onde tenho de subir 30 degraus (numa escada em espiral) até ao meu quarto, e descê-los sempre que quiser usar a cozinha ou o WC. Além disso (porque um mal REALMENTE nunca vem só), o local do estágio fica a 25 minutos a pé (quando os temos operacionais) da estação de Metro mais próxima, e o Metro é o único meio de transporte até lá. Faça chuva, faça neve ou granizo (por aqui o S.Pedro ainda não arranjou imaginação para outros tipos de clima), e um vento "fresquinho" para ajudar, o vosso amigo (eu!, para os mais desentendidos) arrasta-se de muletas mais de 45 minutos até ao PIF (desde a referida estação de Metro), o que implica levantar-me a horas indecentes (até tenho medo de as mencionar), e o que implica igualmente que não tenho tido muito tempo para blogs e afins. Estamos entendidos?

Bom... em suma, força Benfica (Simão: por favor mostra qualquer coisita para a gente ver se encaixa alguns cobres quando te vendermos pró ano), e escrevo assim que me for humanamente possível deslocar-me novamente a um cybercafé.

Straks!