domingo, novembro 20, 2005

Palpita-me...

Lisboa, madrugada de 20 de Novembro, 3:40 AM
Local: Bairro Alto

Estava eu muito divertido com umas amigas minhas, a ouvir a interpretação karaokesca (feita por uns alentejanos) de "...o corpo é que paga", quando um indivíduo muito parecido com o Fernando Mendes (só um pouco mais alto, mais magro e mais preto) irrompe pelo Palpita-me adentro, até chegar à zona onde estava a máquina de karaoke. Aí, falou com o dono da máquina, e este interrompeu a música (que estava já no final) para perguntar, através do microfone, se alguém tinha visto um casaco de cabedal desaparecer do balcão do bar. A resposta foi o silêncio.
Ora, nessa noite o bar estava à pinha, com muitos Franceses (ou Belgas, ou Luxemburgueses... enfim, falavam francês). Não é de estranhar que o cheiro no bar já não fosse muito agradável por si só. Quando 5 minutos após este episódio, esse mesmo negro (o do casaco de cabedal... aquele que era a cara chapada do Dias da Cunha, mas mais novo, mais imberbe e mais preto) entrou com um grupo de rufias (ou alcoviteiros) no bar, o ambiente adensou-se.
Logo voaram cadeiras, armas brancas foram desembaínhadas, e a confusão instalou-se entre os francófanos (gente pouco habituada a estas coisas). E a pancadaria começou.
Eu, que sou muito HOMEM, resolvi sair pela primeira porta que vi aberta (porta essa que se encontrava fechada, e abriu pelo impacto de um rapaz que foi empurrado por uma patada). Enquanto me deslocava rapidamente (na minha retirada estratégica - não confundir com fuga) para o Largo Camões, ainda deu para ver o grupo de rufiões (cerca de 10) a espancar (aos murros e pontapés) um outro indivíduo na calçada, à frente do bar.

Moral da história (caso haja algum sentido nesta parvoíce toda): O António Variações é que a sabia toda.

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