quinta-feira, setembro 22, 2011

Um roubo é um roubo!

Nos últimos tempo, ROUBO vem-me automaticamente à cabeça sempre que que oiço as palavras "jardim", "madeira" ou "jorge sousa" (sim, já estou a antecipar 6ª feira!!). Há, porém, pessoas mais prejudicadas nesta matéria. É o caso de Maria Nilza Simões, habitante de Pindobaçu, Brasil.

Maria Nilza sente-se roubada. E não é para menos!

Em Julho deste ano, contratou Carlos Roberto de Jesus para lhe prestar um serviço que, veio a saber-se mais tarde, não foi efectuado na totalidade. De facto, não foi efectuado de todo. Ignorando esse pormenor ela pagou-lhe mil Reais (cerca de 400€), e ele até lhe deve ter passado correspondente recibo verde, o bandido! Era prendê-lo, isso é que era!!

E já não seria a primeira vez, visto que Carlos Roberto já esteve na prisão. Actualmente no desemprego, viu aqui uma boa oportunidade para fazer dinheiro e pagar as contas. Só que, infelizmente, não era a área profissional em que se sentia mais à vontade, até porque não é especialista em facas e condimentos. E deve ter mentido no CV, já que a Maria Nilza não tinha conhecimento desta sua incapacidade.

O trabalho parecia simples, e ao alcance de qualquer um: assassinar Eronildes Aguiar Araújo, dona de casa em Pindobaçu, pequena cidade com cerca de 20 mil habitantes localizada a norte da Bahia. Qual não é a surpresa de Maria Nilza quando três dias depois, quando comprava frutas e verduras no mercado, encontrou a vítima e o assassino aos beijos!

Foi-se a ver e Carlos Roberto não resistiu aos encantos de Eronildes Aguiar. O coração falou mais forte e, incapacitado pela paixão que o assolava, Carlos Roberto teve que achar uma solução que resolvesse ambos os problemas. Eronildes Aguiar não só conseguiu convencê-lo a não a matar, como ainda quis remuneração pelo incómodo. 240 reais (mais ou menos 100€)! Confirma-se, Carlos Roberto é um banana de coração mole. Foi ao McDonald's e trouxe todo o ketchup que conseguiu encontrar. Pelo caminho, pegou numa faca e num telemóvel com câmera fotográfica. A peça estava em andamento.

Foram os dois para o mato, e embora não fosse a 1ª actividade que se esperasse neste tipo de ambiente, resolveram encenar um crime. Amarrou a Eronildes Aguiar, amordaçou-a e besuntou-a com 3 frascos de ketchup! De seguida, fez o velho truque da faca "espetada" entre o braço e o peito, e CLICK!, temos um momento Kodak. A foto do “cadáver” foi mostrada a Maria Nilza, como prova do crime.
Atenção: é coisa para qualquer miúdo de 4 anos acreditar!!

Surpreendida e revoltada por ter sido enganada, Maria Nilza fez o óbvio: foi até à esquadra, e acusou Carlos Roberto de roubo!
 
 
Segundo o Delegado, Maria Nilza foi indiciada por ter encomendado o crime, Carlos Roberto foi indiciado pelo crime de extorsão e Eronildes Aguiar (a suposta vítima) por co-participação na extorsão. Os três aguardam pelo desfecho do caso em liberdade.


Assim à primeira vista, é ridículo. Mas por outro lado, a indústria do ketchup em Pindobaçu nunca esteve tão bem!!

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