sexta-feira, setembro 03, 2004

SECÇÃO: MORTES ESTÚPIDAS COMÓCATANO

Se uma baliza matasse um rapazola na Suécia, ou no Canadá, isso abriria qualquer telejornal. Cá em Portugal, é "notícia de rodapé".
O primeiro relato de baliza assassina ocorreu em 1934, em Serapilheira de Cima. Segundo o "Fuzeta de Serapilheira de Cima", o preparador físico dos Serapilhos reportou o desparecimento de uma baliza por volta das 3 da tarde, para mais tarde a encontrarem em cima do jovem Renato (filho do bombeiro/canalizador de Arrazes, freguesia de Serapilheira de Cima). O que não se soube foi o entretanto, ou seja, o que andou a fazer aquela baliza no tempo que separou a sua fuga, do crime sangrento que cometeu. Agora sabe-se: reproduziu-se.
Houve quem dissesse que foi o acumular de bolas embatidas nos seus postes, houve quem dissesse que os odores que emanavam da cal das marcações levavam qualquer barra à loucura, mas de facto nunca se soube. Hoje, a prol gerada pela baliza dos Serapilhos F.C. já vitimou centenas, talvez dezenas de crianças em Portugal.
Penso então se será então demasiadamente tarde perguntar a grande questão que se levanta: até quando?!, eu direi mesmo até quando, conseguirá sobreviver o futebol sem capacetes...


(agradecimentos: Junta de Freguesia de Arrazes, Serapilhos Futebol Clube, A Fuzeta de Serapilheira de Cima)

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